É importante levar seu filho ao pediatra periodicamente. Essas consultas são chamadas de puericultura e servem para que os pais/cuidadores possam acompanhar o desenvolvimento da criança e tirem possíveis dúvidas sobre o tema. No primeiro ano de vida do bebê, como as mudanças são muitas, esse acompanhamento precisa ser feito bem de perto e em curtos espaços de tempo, estipulados pelo pediatra.
A consulta de puericultura visa promover a saúde do bebê, da criança e do adolescente, detectando precocemente qualquer alteração e instruindo os pais quanto à prevenção de doenças. O tempo dessas consultas é bem mais longo do que o normal, já que o objetivo não é apenas diagnosticar e prescrever medicamentos, mas aproximar o pediatra da sua família, permitindo que ele conheça a dinâmica da casa e das relações familiares.
Tire todas as suas dúvidas, principalmente, no caso dos pais/cuidadores de primeira viagem, pois tudo é novo e muitos questionamentos devem surgir. Assuntos como problemas que podem estar acontecendo em relação à amamentação, dúvidas sobre introdução alimentar, preocupação com a ocorrência de acidentes e como proteger a casa, quando viajar com o bebê, melhor carrinho para transportá-lo, como lidar com visitas, qual a melhor rotina diária (banho, sono, alimentação etc.), o contato com os irmãos e com animais domésticos, o surgimento dos dentinhos e dúvidas em geral sobre o desenvolvimento do bebê — quando ele vai se sentar, engatinhar, andar, falar etc. —, entre muitos outros temas, devem ser abordados nas consultas com o pediatra.
No primeiro mês, o bebê deve ir ao pediatra três vezes: no 5º ou 7º dia de vida (em alguns casos), no 15º dia e ao completar 1 mês. Do 2º ao 6º mês, as consultas passam a ser mensais — se estiver tudo dentro da normalidade — e, a partir do segundo semestre, devem ocorrer a cada 2 meses, ou seja, no 8º, no 10º e no 12º mês de vida. Há quem ache necessário também uma visita extra ao pediatra antes de o bebê nascer para preparar os pais para a sua chegada.
Vale lembrar que essas consultas devem continuar ocorrendo até o fim da adolescência, mas com uma frequência menor, então, é importante escolher um pediatra de confiança e com quem os pais/ cuidadores se sintam confortáveis para relatar qualquer problema ou dúvida que possa surgir.
Não se trata de exagero, pois a primeira infância pode influenciar o resto da vida da criança. É nessa época que criam-se os hábitos de alimentação e de sono, e o acompanhamento pediátrico reduz também o risco de internações, já que doenças crônicas, como cardiopatias, alergias e asma, serão mais bem controladas se acompanhadas por um profissional.